Sem gracinhas, Neymar disse na vitória por 3 a 0 sobre a Espanha que esse é o Brasil, disse que aqui é o Brasil, e de quebra ainda se apresentou aos futuros companheiros do Barcelona e rivais do Real Madrid. Neymar bailou, sim, mas com a bola rolando. Pobre Arbeloa! Poderia ter acabado no Maracanã seu tormento, mas o clássico entre os principais clubes da Espanha vai colocar o jovem mais vezes em seu caminho.
Suas vítimas preferidas no primeiro tempo foram os merengues. O duelo com Arbeloa fez o espanhol ser líder em menções no Twitter de seu país. No contra-ataque, o único recurso do lateral para impedir que Neymar avançasse livre contra Casillas foi derrubá-lo no meio-campo e levar cartão amarelo. O baile foi tamanho que ele nem voltou para o segundo tempo.
Pedro, atacante, também jogou por seu lado do gramado. Numa “quase-dividida” entre eles, cordialidade pura. Neymar tirou o pé e evitou um choque desnecessário. Pedro joga no Barça. Política da boa vizinhança no Maracanã.
Mas havia outro importante jogador do Real em campo. Casillas, capitão do título mundial, um dos ícones desta geração, nem viu por onde passou o foguete que saiu do pé esquerdo do craque. Craque mesmo. Não é qualquer um que dá passinhos para trás com tanta velocidade para sair do impedimento e receber de Oscar.
Neymar chuta forte para fazer o segundo gol do Brasil contra a Espanha
No segundo tempo, Arbeloa virou Azpilicueta. E tão difícil quanto falar seu nome foi entender o que Neymar fez com ele quando deixou a bola passar para o terceiro gol, de Fred: 3 a 0. Um show, um espetáculo, uma maravilha.
Resistiria a cordialidade entre Neymar e seus companheiros? Com Busquets, sim. Com Piqué, não. O atacante faria mais um gol se não estivesse impedido. O volante espanhol nem percebeu que a bandeirinha estava de pé, e deu carrinho. Neymar não chutou, e ainda ajudou o parça do Barça a se levantar.
Neymar arranca e sofre carrinho por trás de Piqué, expulso em seguida
Seguiu o baile, e até Pedro, aquele da gentileza do primeiro tempo, perdeu a paciência: falta. Neymar continuou arrancando. Não conseguiu mais chegar ao gol. Faltaram pernas. Faltou fôlego. Sobrou orgulho. Neymar não é mais um menino. É um homem, e é campeão. Que tenha sorte em seu primeiro dia de Barcelona com os vices Piqué, Pedro, Busquets, Xavi, Iniesta...
Neymar beija a taça da Copa das Confederações
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