Descobridor de Neymar, Zito recorda o momento: 'Me encheu os olhos'

Como jogador, Zito ficou marcado pelo apelido de “gerente”. Dizem que o volante do Santos era o único que dava broncas em Pelé. Pelo Santos, Zito foi bicampeão da Libertadores e Mundial  e foi bicampeão do mundo com o Brasil nas Copas de 1958 e 1962. Anos após pendurar as chuteiras, Zito deu uma contribuição para o clube da Baixada Santista tão importante quanto as suas broncas nos antigos companheiros. Foi Zito quem descobriu Neymar.

- Um torcedor do Santos, o Alemão, falou para eu ir ver o Neymar jogar. “É um menino, mas você vai gostar”, ele me disse. Fui com um amigo e o Neymar me encheu os olhos. Era futebol de salão. Saímos dali e fui falar com o presidente (na época o mandatário era Marcelo Teixeira). Falei que ele tinha que ser contratado imediatamente, antes que outros o façam. Ele tinha 11 anos. Aí fizemos um contrato longo com ele. Ele foi pequenininho para lá. E aí deu no que deu. Quando você vê um jogador que gosta, é difícil que não dê certo – recordou Zito, no“Arena SporTV”.

Zito atuou pelo Alvinegro entre os anos de 1952 a 1967, marcando 57 gols e disputando 727 partidas. É o terceiro atleta que mais vezes vestiu a camisa do Peixe. Pelé é o recordista, com 1.116 jogos.

Depois, foi coordenador das categorias de base do Santos, quando descobriu Neymar. Com toda essa experiência, ele faz uma avaliação sobre o atacante Gabriel, chamado por alguns torcedores de Gabigol.

- O Gabigol é canhoto, aliás, ele não gosta de ser chamado de Gabigol. Começou conosco na base. É um meia esquerda canhoto, um bom jogador, não é um supra sumo, mas é bom, que sabe trabalhar bem a bola – ressaltou.

Gabriel Barbosa, de apenas 16 anos, já faz parte do elenco profissional do Santos e entrou no decorrer das três partidas do Peixe até aqui no Brasileirão.

                                                     Neymar e Edu Dracena homenageiam Zito, o 'gerente'